Forte da Meia Praia - Portugal (52327340453).jpg
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| DescriptionForte da Meia Praia - Portugal (52327340453).jpg |
O Forte da Meia Praia, originalmente conhecido como Forte de São Roque ou Forte da Meia Praya, é um monumento militar situado na zona da Meia Praia, no concelho de Lagos, em Portugal. Construído no Século XVII para defender a baía de Lagos, foi muito danificado no Sismo de 1755 e reconstruído nos finais desse século.[1] Posteriormente deixou de ter funções militares, tendo sido utilizado como um posto da Guarda Fiscal.[1]
O edifício, de pequenas dimensões,[2] apresenta uma traça maneirista, tendo sido construído de acordo com as novas práticas de artilharia da altura.[5] Tem um formato semelhante ao do Forte da Ponta da Bandeira, mas mais básico e de menores dimensões, com uma planta simples e de forma sensivelmente quadrangular, composta por três arestas regulares, enquanto que a do lado Noroeste é irregular.[2] No lado do oeano possui uma bateria,[3] cujo acesso é feito através de uma rampa,[5] enquanto que no lado Noroeste apresenta dois meios baluartes, que ladeiam o portal de entrada.[3] Sobre este portal existia uma lápide comemorativa da sua construção ou reconstrução por Nuno da Cunha de Ataíde, sendo ainda visível em 1945 a inscrição: «GOVERNAmdo este REINO Nuno DA CVNHA DE / [ATHAIDE CON DE PONTEVE] [...] DE cerra DE / [...] ESTE FOR / [...] [MEIA] PRIA e e / [...] MÃO AQUI F.».[4] No interior do forte sobreviveu apenas uma dependência com dois pisos, que é mais elevada do que as muralhas, pelo que provavelmente não faria parte da organização original do edifício.[2] Com efeito, as várias campanhas de obras pelas quais passou o forte modificaram completamente a sua disposição interna, dificultando a compreensão de como seria a estrutura original.[2] Embora o forte tenha sido originalmente conhecido como de São Roque, o seu patrono é São José.[5] A sua denominação original refere-se à Praia de São Roque, que era o nome antigo da Meia Praia.[4] Conservação e importância O Forte da Meia Praia tem uma grande importância histórica como parte do conjunto de defesas marítimas do Algarve, tendo sido considerado pelo historiador José António Martins como um símbolo das fortificações marítimas da Praça de Guerra de Lagos e do património militar, espelhando «toda a grande construção que foi feita no século XVII, no reinado de D. Afonso VI», além de ser «um dos ex-libris de toda a zona nova da cidade de Lagos».[6] Foi classificado como Monumento de Interesse Público.[3]
Um alvará de 1805 do príncipe regente, D. João, ordenou que o forte ficasse dependente da praça-forte de Lagos.[4] Em 1821, existe um relato que a fortificação ainda se encontrava em bom estado, possuindo três peças em ferro.[4] Porém, logo no ano seguinte existe um ofício do capitão engenheiro, José Feliciano Farinha, que descreveu o forte como abandonado e destruído.[4] O forte foi considerado como um importante elemento do sistema de defesa costeira durante a Guerra Civil Portuguesa,[3] mas perdeu as suas funções militares após o final daquele conflito, em 1834, pelo que foi desguarnecido e desartilhado.[3] Em 1840, foi inspeccionado pelo major de engenharia Francisco António Garcez, que confirmou que não tinha guarnição nem peças de artilharia.[4] Num artigo publicado no jornal O Panorama de 5 de Novembro de 1842, é relatado que as fortalezas da Meia Praia e da Ponta da Bandeira já não eram capazes de defender eficazmente a baía, por não terem a guarnição e artilharia adequadas.[7] Em 1849 foi estudado por dois oficiais do Corpo de Engenheiros, que relataram que o forte precisava de grandes obras, incluindo a desobstrucção parcial das muralhas e reparações no reboco.[4] Em 11 de Julho de 1873, o imóvel foi entregue à Câmara Municipal de Lagos, que o cedeu de forma gratuita à Alfândega de Faro.[4] Em 1878 foi instalado um posto de fiscalização, estando nessa altura de volta à posse da autarquia.[4] Embora esta função tenha levado a grandes alterações nos seus interiores, incluindo o restauro e ampliação dos compartimentos, terá sido provavelmente devido à presença do posto da Guarda Fiscal que o imóvel tenha permanecido inteiro até ao Século XXI.[1] Em 1881, foi elaborada uma nova planta do forte, assinada por Henrique dos Santos Rosa.[4]
O processo para a classificação do forte iniciou-se em 12 de Outubro de 1956, com a Junta Nacional da Educação a propôr a sua classificação como Imóvel de Interesse Público.[2] Porém, só classificado como Monumento de Interesse Público pela Portaria n.º 41/2014, de 7 de Janeiro, mas este diploma foi revogado pela Portaria 116/2015, de 21 de Janeiro, devido a várias imprecisões no preâmbulo.[2] Com efeito, o documento descreveu erradamente o imóvel como tendo dois torreões, referência que causou alguma polémica a nível local e regional.[8] O forte voltou a ser classificado pela Portaria n.º 182/2015, de 24 de Fevereiro,[3] que corrigiu a descrição para dois meios baluartes, e expandiu o resumo histórico do monumento.[8] Em 2004 a Assembleia Municipal de Lagos pediu ao governo para que o antigo forte passasse para a sua tutela, pedido que no entanto foi recusado.[6] Em Setembro de 2007, foi feita uma segunda tentativa por parte da Assembleia Municipal e da autarquia, que pediram ao Ministério da Defesa para transferir a posse do forte, de forma a proceder à sua recuperação e adaptação para outros usos.[9] Foram avançadas várias possíveis utilizações para aquele espaço, incluindo como centro de actividades ligadas ao ambiente, uma colónia de férias, um observatório astronómico, um núcleo museológico dedicado ao oceano, ou um centro para observação e conservação de espécies marinhas.[9] Este pedido foi feito devido ao avançado estado de abandono e degradação do monumento, e à inexistência de planos para a sua recuperação por parte do Ministério da Defesa.[9] Porém, este segundo pedido também foi negado.[6] Com efeito, na Década de 2000 os muros apresentavam grandes fendas, estando em risco de desmoronamento caso não fossem feitas obras de reparação.[1] Em 2014, a vereadora com o pelouro da cultura na Câmara de Lagos, Maria Fernanda Afonso, afirmou à Agência Lusa que ainda estavam a trabalhar na recuperação e reutilização do antigo forte, e que não tinha sido encontrada quaisquer documentação sobre a transferência para a alfândega, no Século XIX.[6] Nessa altura, a autarquia estava a planear a instalação de um centro ambiental ou de um núcleo museológico ligado ao mar, baseado principalmente no papel histórico do forte.[6] Em 2016, o governo lançou o programa Revive, que tinha como finalidade entregar vinte monumentos, incluindo o Forte da Meia Praia, à gestão privada, no sentido de proceder ao seu restauro e adaptação a utilizações culturais e comerciais, como hotéis, restaurantes ou museus.[10] Nos princípios de 2020, o governo manifestou a intenção de abrir quatro concursos para a utilização turística de património público, que incluiu o Forte da Meia Praia.[11] Em Maio de 2021 a Coligação Democrática Unitária denunciou o avançado estado de degradação em que se encontrava o imóvel, tendo exigido a realização de obras urgentes de forma a prevenir o seu desaparecimento. <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_da_Meia_Praia" rel="noreferrer nofollow">pt.wikipedia.org/wiki/Forte_da_Meia_Praia</a> |
| Date | |
| Source | Forte da Meia Praia - Portugal 🇵🇹 |
| Author | Vitor Oliveira from Torres Vedras, PORTUGAL |
| Camera location | 37° 07′ 02.91″ N, 8° 38′ 50.67″ W | View this and other nearby images on: OpenStreetMap |
|---|
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| This image was originally posted to Flickr by Portuguese_eyes at https://flickr.com/photos/21446942@N00/52327340453. It was reviewed on 6 September 2022 by FlickreviewR 2 and was confirmed to be licensed under the terms of the cc-by-sa-2.0. |
6 September 2022
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23 August 2022
37°7'2.910"N, 8°38'50.672"W
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|---|---|---|---|---|---|
| current | 19:10, 6 September 2022 | 2,048 × 1,365 (2.2 MB) | wikimediacommons>Tm | Transferred from Flickr via #flickr2commons |
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Metadata
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| Camera manufacturer | Canon |
|---|---|
| Camera model | Canon EOS Kiss X6i |
| Exposure time | 1/250 sec (0.004) |
| F Number | f/10 |
| ISO speed rating | 100 |
| Date and time of data generation | 11:01, 23 August 2022 |
| Lens focal length | 16 mm |
| Width | 2,048 px |
| Height | 1,365 px |
| Bits per component |
|
| Pixel composition | RGB |
| Orientation | Normal |
| Number of components | 3 |
| Horizontal resolution | 240 dpi |
| Vertical resolution | 240 dpi |
| Software used | Adobe Photoshop 23.4 (Macintosh) |
| File change date and time | 20:29, 27 August 2022 |
| Exposure Program | Normal program |
| Exif version | 2.31 |
| Date and time of digitising | 11:01, 23 August 2022 |
| APEX shutter speed | 7.965784 |
| APEX aperture | 6.643856 |
| APEX exposure bias | 0 |
| Maximum land aperture | 3.625 APEX (f/3.51) |
| Metering mode | Pattern |
| Flash | Flash did not fire, compulsory flash suppression |
| DateTimeOriginal subseconds | 72 |
| DateTimeDigitised subseconds | 72 |
| Colour space | sRGB |
| Focal plane X resolution | 5,798.6577181208 |
| Focal plane Y resolution | 5,788.9447236181 |
| Focal plane resolution unit | inches |
| Custom image processing | Normal process |
| Exposure mode | Auto exposure |
| White balance | Auto white balance |
| Scene capture type | Standard |
| Serial number of camera | 033031000929 |
| Lens used | TAMRON 16-300mm F/3.5-6.3 Di II VC PZD B016 |
| Date metadata was last modified | 21:29, 27 August 2022 |
| Unique ID of original document | 1B1316D1C2D4169D385BA3B3F4AB07EE |
| IIM version | 4 |